Corinthians sente a pressão após empate com América de Cali na Sul-Americana
O clima ficou pesado na Neo Química Arena depois do empate em 1 a 1 entre Corinthians e América de Cali pela fase de grupos da Copa Sul-Americana. O jogo, disputado em 6 de maio de 2025, mostrou bem o drama vivido pelo time brasileiro, que saiu na frente, mas cedeu o empate logo no início do segundo tempo e agora precisa correr atrás do prejuízo no Grupo C.
O destaque inicial foi Memphis Depay, que marcou um golaço de fora da área aos 18 minutos. A jogada começou com Maycon, que roubou a bola e achou Depay livre – o holandês bateu de longe, no canto, sem chance para o goleiro Jorge Soto. A torcida explodiu, acreditando em uma vitória que daria sobrevida ao Corinthians na competição.
Só que a vantagem durou pouco. O placar voltou a ficar igual logo no início do segundo tempo, quando Sebastián Navarro apareceu sem marcação na área e escorou de cabeça um cruzamento perfeito de Carrascal. A defesa corinthiana vacilou feio, ninguém acompanhou o meia do América, e Cássio sequer teve reação no lance. Foi um banho de água fria no estádio que ainda celebrava o golaço de Depay.

Estratégias frustradas e chances desperdiçadas
O segundo tempo virou um teste de nervos. Yuri Alberto até tentou responder pelo Corinthians, mas parou em boas defesas de Soto e na falta de capricho nas conclusões. Do outro lado, o América assustou cedo com Vergara, que exigiu trabalho de Cássio logo nos primeiros minutos. O jogo ficou aberto, com ataques acelerados e respostas rápidas. Não faltou vontade, mas sobrou nervosismo e faltou qualidade nas decisões finais.
Breno Bidon e Igor Coronado bem que tentaram furar a linha defensiva colombiana, mas esbarraram no bloqueio armado por Daniel Bocanegra. O América, por sua vez, apostava nos contra-ataques e chamou o Corinthians para o seu campo, explorando justamente as fragilidades defensivas do adversário. Os dois treinadores mexeram bastante nas equipes, mas o ritmo ficou mais travado e o placar não se mexeu mais.
No apito final, o Corinthians amarga a terceira posição do grupo, com apenas cinco pontos, atrás do próprio América (seis) e vendo o Huracán abrir vantagem com sete pontos. Agora, cada rodada virou uma decisão, e o time alvinegro não pode mais vacilar se quiser avançar para os mata-matas. O empate deixou um gosto amargo e escancarou o desafio de um elenco que alterna momentos de brilho com lapsos de desatenção que podem custar caro no torneio sul-americano.