IR 2025: Como Declarar Renda de Airbnb, Uber e Outros Aplicativos

Postado por Leandro Ferreira em maio 14, 2025 AT 19:15 0 Comentários

IR 2025: Como Declarar Renda de Airbnb, Uber e Outros Aplicativos

Quem Precisa Declarar o IR em 2025 e Como Entram os Ganhos de Apps

Pode parecer simples, mas a Receita Federal está de olho em todas as formas de renda que circulam por aplicativos. Não é mais só quem ganha salário fixo ou tem empresa aberta. Se você fez uma grana extra alugando um quarto no Airbnb ou dirigindo pela Uber, fique esperto: esses valores precisam ir direto na sua declaração de Imposto de Renda em 2025, mesmo se o total anual for baixo.

A regra básica para o IR 2025 continua: quem recebeu mais de R$33.888 em 2024 precisa declarar os rendimentos. Só que tem um porém. Se você está abaixo desse teto, mas tem várias fontes de renda – como trabalho registrado, bicos em apps, aluguel por temporada ou frila – pode ser obrigado a declarar assim mesmo. O Fisco pede que tudo seja somado, então não dá para esconder nenhuma entrada de dinheiro, por menor que seja.

Agora um detalhe relevante: o aluguel de imóveis por plataformas como o Airbnb não é tratado como aluguel convencional, mas sim como prestação de serviços. Isso muda a forma de informar sua renda. O correto é lançar esses ganhos na categoria específica de serviços, e não como simples aluguel residencial. Essa diferença faz toda a diferença caso a Receita queira analisar seus dados. E com a integração do sistema com plataformas digitais, esconder renda virou missão impossível.

Declarando Uber, Airbnb e Outras Fontes: Passo a Passo e Cuidados

Declarando Uber, Airbnb e Outras Fontes: Passo a Passo e Cuidados

Para motoristas de Uber, 99pop, entregadores de aplicativo e autônomos em geral, há outro ponto importante: o Carnê-Leão. Ele funciona como um sistema de recolhimento mensal obrigatório. Ou seja, cada mês que você receber acima do limite, é preciso declarar e, se necessário, recolher parte desse imposto logo, sem esperar até o IR anual.

Nesse método, todo valor que entrar via app deve ser lançado como renda de trabalho sem vínculo. As plataformas geralmente emitem relatórios anuais para ajudar, mas nem sempre eles vêm detalhados sobre despesas. Por isso, guardar notas de abastecimento, manutenção, taxas e outros gastos faz diferença, pois só com esses comprovantes você consegue deduzir esses custos e pagar menos imposto.

No caso do Airbnb, a plataforma tem sido cada vez mais rigorosa no envio de informações para a Receita. Alugar um quarto, casa de praia ou apartamento esporadicamente já é motivo de análise. Não existe mais espaço para deixar esses ganhos de fora. Como é classificado como prestação de serviços, o Carnê-Leão também entra no jogo aqui, principalmente se a locação for frequente ou gerar renda superior ao limite de isenção. Quem mistura um emprego fixo com renda extra de aplicativo não pode deixar de agregar tudo numa só declaração, pois a multa para omissão pode chegar fácil na casa dos 20% do valor não declarado – sem contar juros e dores de cabeça futuras.

Em resumo, vale aquele checklist: some tudo o que entrou na sua conta, cheque os relatórios dos aplicativos, guarde comprovantes de gastos e, se ficar na dúvida, recorra a um contador com experiência em rendimentos digitais. O novo leão do IR não está mais só atrás do contracheque; também fareja o Pix, transferências das plataformas e até pagamentos parcelados de apps internacionais. Uma atenção agora pode evitar muita dor de cabeça depois.