Maldição do Mundial: Palmeiras e Flamengo sofrem pressão por título inédito após sucesso na Libertadores

Postado por Simão Rodrigues em agosto 6, 2025 AT 19:42 0 Comentários

Maldição do Mundial: Palmeiras e Flamengo sofrem pressão por título inédito após sucesso na Libertadores

Sucesso na América, frustração no mundo

Quem acompanha futebol no Brasil percebe que as discussões não giram só em torno de gols ou esquemas táticos. Nos últimos anos, Palmeiras e Flamengo colecionaram títulos da Copa Libertadores e dominaram o futebol sul-americano. Porém, sempre que o assunto é Mundial de Clubes da FIFA, aparece o mesmo incômodo: ambos tropeçaram no principal palco global, alimentando a tal "maldição do Mundial".

Basta um deslize para a zoeira rival endurecer. Corinthians, São Paulo e Santos não perdem a chance de lembrar suas conquistas planetárias, enquanto Palmeiras e Flamengo enfrentam a pressão de justificar o status que conquistaram na América. O Palmeiras, sob o comando de Abel Ferreira, somou glórias nacionais e sul-americanas, mas perdeu a final do Mundial para o Chelsea em 2021. Agora, a expectativa fica ainda maior para a edição de 2025 — que será a terceira tentativa em apenas cinco anos de quebrar esse tabu.

Aumenta a pressão sobre os favoritos

Aumenta a pressão sobre os favoritos

A cobrança não é pequena. Os próprios treinadores, como Abel, reconhecem que as chances de levantar o troféu do Mundial são pequenas diante de gigantes europeus e surpresas de outras regiões. O Palmeiras terá logo na fase de grupos adversários como Inter Miami (time de Messi), Porto e Al Ahly, conhecidíssimos por esportistas atentos. Abel chegou a dizer, sem rodeios, que suas chances giram em torno de 10%.

O Flamengo também sente o peso da cobrança. Após viver um ciclo de ouro na Libertadores, com vitórias arrasadoras em 2019 e 2022, o clube carioca ficou no quase quando o troféu mundial estava ao alcance. A torcida quer a taça que falta, e a rivalidade interna não deixa ninguém esquecer o jejum no torneio global. O futebol, afinal, é tanto sobre o presente quanto sobre a memória — e as piadas dos rivais ecoam a cada nova eliminação ou vice-campeonato.

Porém, a atmosfera do Mundial de 2025 traz um elemento novo: a juventude promissora de atletas como Estêvão, do Palmeiras, visto como potencial protagonista em competições internacionais. Esses jovens carregam um fardo histórico, mas também simbolizam renovação e esperança. Eles sabem da responsabilidade e, ao mesmo tempo, tentam transformar pressão em motivação.

A expectativa não é só por bons resultados, mas por um feito capaz de virar a página dessa narrativa incômoda. Todo torcedor verde ou rubro-negro sente que já passou da hora de o Mundial ser motivo de orgulho, não de piada rival. Mesmo com desafios enormes no caminho, a obsessão segue viva e, até a bola rolar, ninguém vai deixar o assunto esfriar.