Salário mínimo de 2025: aumento, regras e impacto no bolso
O salário mínimo no Brasil alcançou a marca de R$1.518 em 2025, após decreto assinado por Lula em 30 de dezembro de 2024. O anúncio veio no fim do ano, mas o efeito prático é imediato: a partir de 1º de janeiro, milhões de trabalhadores vão sentir o reajuste de 7,5% no salário base. A maioria das conversas gira em torno do valor mensal, mas os detalhes não param aí. O valor diário corrigido foi para R$50,60, enquanto o salário-hora subiu para R$6,90.
Muitos brasileiros olham para o contracheque e já fazem as contas do mês. O aumento chega em um momento delicado da economia, trazendo um pouco de fôlego diante da alta de preços. Vale lembrar que, só em 2010, o salário mínimo nacional era menos da metade do atual. Esse crescimento responde a iniciativas para promover certa redistribuição de renda, mas também a muita pressão social.
Limites do aumento e diferenças regionais
Mesmo com a valorização, o reajuste de 2025 está encaixado em regras novas. O governo estabeleceu, por lei, um teto para o aumento real anual do salário mínimo, que não pode passar de 2,5% acima da inflação até 2030. O objetivo? Controlar gastos públicos, já que o reajuste afeta benefícios previdenciários, pensões, seguro-desemprego e até abonos salariais. Mudou o valor no mínimo, muda o custo para a União — e isso pesa no orçamento federal.
Só que o Brasil é um país de contrastes, especialmente quando se trata da economia regional. Cidades e estados com mercados de trabalho mais aquecidos, como São Paulo, aplicam ajustes próprios acima do piso nacional. Em julho de 2025, por exemplo, entrou em vigor o novo salário mínimo paulista, variando de R$ 1.640 a R$ 1.804, para diferentes faixas profissionais. É um exemplo de como as necessidades locais influenciam a política salarial.
Esse aumento não transforma a realidade de quem depende do salário mínimo, mas é sinal de que a discussão em Brasília está longe de terminar. Com debates acesos sobre inflação, crescimento econômico e dívida pública, cada centavo de reajuste continua sendo uma decisão política — e uma aposta no bem-estar de quem mais sente os altos e baixos da economia brasileira.