Internet via satélite: como funciona e por que pode ser a melhor escolha para você

Se a sua casa ou negócio fica sem cobertura de fibra ou 4G, a internet via satélite costuma aparecer como solução. Mas muita gente ainda tem dúvidas: será que a velocidade vale o investimento? O que o equipamento precisa? E qual operadora oferece o melhor preço?

Como a conexão via satélite entrega sinal até a sua porta

Ao contrário do que muita gente pensa, o satélite não envia o sinal direto do espaço para seu computador. Primeiro, a operadora transmite os dados para um satélite geoestacionário, que fica a cerca de 35 mil quilômetros da Terra. Esse satélite recebe o sinal e o devolve para uma antena parabólica instalada na sua casa.

A antena converte a radiação eletromagnética em dados que seu modem entende. O modem, por sua vez, cria a rede Wi‑Fi ou a conexão por cabo que você usa no dia a dia. Todo o processo leva, em média, entre 500 e 700 milissegundos (latência). Para navegação padrão, streaming de vídeo e download de arquivos, a latência costuma ser aceitável, mas pode atrapalhar jogos online em tempo real.

Tipos de planos e o que observar antes de contratar

Hoje, as principais operadoras oferecem três categorias de planos: básica (até 15 Mbps), intermediária (15‑50 Mbps) e avançada (acima de 50 Mbps). O preço varia principalmente com a velocidade contratada e a região de cobertura. Em áreas rurais, o custo por megabit costuma ser maior, mas ainda pode ser mais barato que instalar linha telefônica ou cabos extensos.

Antes de fechar, compare esses pontos:

  • Limite de dados: alguns planos ainda têm franquia mensal; os ilimitados costumam ter taxa extra de velocidade reduzida após certo consumo.
  • Taxa de instalação: a antena e o alinhamento podem custar entre R$ 500 e R$ 2.000, dependendo da empresa.
  • Suporte técnico: verifique se a operadora oferece visita de calibragem gratuita nos primeiros meses.
  • Condição climática: chuva forte e ventos intensos podem degradar o sinal, então veja avaliações de usuários da sua localidade.

Se você tem um uso mais intenso – home office, videoconferências frequentes ou streaming 4K – vale a pena escolher um plano que ofereça ao menos 50 Mbps. Essa velocidade garante que a latência não atrapalhe a fluidez das chamadas.

Outra dica prática: mantenha a antena bem alinhada e livre de obstruções. Mesmo um pequeno galho na frente pode reduzir o ganho de sinal em até 30 %.

Por fim, lembre‑se de que a internet via satélite está evoluindo. Novos satélites de órbita baixa (LEO), como os da Starlink, prometem latência abaixo de 30 ms e velocidades de até 200 Mbps. Se a sua região ainda não tem cobertura LEO, a tecnologia geostacionária ainda é a mais estável e acessível.

Então, antes de descartar a internet via satélite, avalie suas necessidades, compare planos e verifique a reputação local da operadora. Com a escolha certa, você pode ter acesso rápido, confiável e pronto para o futuro, mesmo fora dos grandes centros urbanos.

Starlink: Entenda o Serviço de Internet via Satélite de Elon Musk e Como Ele Funciona

Postado por Simão Rodrigues on ago, 29 2024

Starlink: Entenda o Serviço de Internet via Satélite de Elon Musk e Como Ele Funciona
Starlink é um serviço de internet via satélite da SpaceX, fundado por Elon Musk, que visa levar conectividade para áreas remotas. Com uma constelação de milhares de satélites em órbita baixa, a iniciativa alcança regiões rurais e áreas com pouca infraestrutura. No Brasil, a Anatel autorizou a operação do Starlink em 2022, mas o serviço enfrenta complicações legais recentes.