Se você sonha em comandar um time, comandar o ataque ou organizar a defesa, o caminho para virar treinador de futebol está ao seu alcance. Não é só saber chutar a bola, mas entender pessoas, estratégias e o negócio por trás das quatro linhas.
A primeira parada é a licença. O CBF oferece cursos de nível básico, técnico e avançado, que dão a credencial oficial. Muitos iniciam com a licença de treinador de base, onde você aprende a montar treinos para jovens e a trabalhar com recursos limitados. Se quiser subir de nível, procure a licença A – é o que abre portas nos clubes maiores.
Além dos cursos, vale apostar em cursos de Educação Física ou Psicologia do Esporte. Esses estudos ajudam a falar a língua dos atletas e a montar planejamentos que realmente funcionam. Não subestime as aulas de análise de vídeo: saber ler o jogo no computador pode ser a diferença entre escolher a formação certa ou ficar sem opções.
O mercado de treinador de futebol é competitivo, mas tem várias portas. Comece ajudando em escolinhas, clubes de bairro ou equipes amadoras. Cada treino, cada partida, é um ponto no seu currículo. Use as redes sociais para mostrar exercícios, táticas e resultados; muitos clubes hoje fazem scouting online.
Quando estiver pronto, procure vagas de assistente técnico. Esse cargo costuma ter menos pressão e permite aprender com quem já tem experiência. Observe como o técnico principal monta o plano de jogo, como gerencia o vestiário e como lida com a imprensa. Essa aprendizagem prática costuma valer mais que teoria.
Quanto ao salário, ele varia muito. Um treinador de base pode ganhar entre R$2.000 e R$5.000 por mês, enquanto em clubes da Série A o salário pode ultrapassar R$30.000. Negocie bônus por classificação, vitórias ou metas de público, pois eles costumam fazer parte do pacote.
Por fim, nunca pare de estudar. Leia livros de tática, assista a jogos com olhos críticos e troque ideia com outros profissionais. O futebol evolui rápido, e o treinador que se atualiza tem mais chances de crescer.