Se você ainda tem dúvidas sobre o que faz WandaVision ser tão falado, está no lugar certo. A série chegou em 2021, mistura sitcoms dos anos 50 até o 2000 e ainda traz um enredo de super-heróis que mexe com a cabeça. O que eu mais curti foi como cada episódio tem um visual, trilha sonora e humor que mudam conforme a época que está sendo parodiada.
Mas não é só nostalgia. Por trás da camada de piada, a história traz trauma, perda e poder. Wanda, interpretada pela Elizabeth Olsen, lida com a dor da morte do Visão e cria uma realidade alternativa para proteger o que ama. Essa dualidade entre fantasia e realidade deixa a gente pensando: até onde alguém vai para escapar da dor?
Primeiro, a estrutura de episódios. Cada temporada de sitcom tem seu próprio estilo visual – preto e branco, cores pastel, efeitos especiais da época – e a série segue isso ao pé da letra. Isso não só diverte, mas também sinaliza o avanço da trama. Quando a história sai da estética dos anos 70, já dá pra perceber que o universo “perfeito” de Wanda está se quebrando.
Segundo, o uso inteligente de spoilers do MCU. Enquanto você assiste, vão surgindo pistas que se encaixam nos filmes futuros, como Doctor Strange in the Multiverse of Madness. Isso cria um senso de comunidade: todo mundo troca teorias nos grupos, tenta conectar cada detalhe. Essa interatividade aumentou o engajamento nas redes e fez a série viral antes mesmo de terminar.
Além disso, a trilha sonora merece destaque. Canções como "Hey Love" de The Jackson 5 e a famosa “WandaVision” de Christophe Beck dão vida ao clima de cada época. Até a música tema de abertura, que mistura nods a clássicos de sitcom, virou meme e playlist nas plataformas de streaming.
WandaVision não ficou só na tela. A série gerou linhas de roupa, bonecos, coleções de quadrinhos revisadas e até um boom nas vendas de produtos vintage dos anos que a série homenageou. Lojas de camisetas começaram a lançar estampas de “Westview”, enquanto influencers fizeram desafios recriando cenas com filtros de TV antiga.
O sucesso também influenciou a forma como as grandes produtoras pensam em narrativas. Depois de WandaVision, vimos lançamentos como Loki e What If…? adotarem estilos experimentais e quebra de quarta parede. A Disney+ percebeu que público aceita risco, o que abriu espaço para mais projetos ousados.
Na comunidade de fãs, o que mais chama atenção são as teorias sobre a “realidade 9”. Cada detalhe, desde o número de casas em Westview até as cores das roupas, virou pista para discussões. Essa mentalidade de caça ao easter egg fez a série durar muito além dos oito episódios.
Se ainda não assistiu, vale a pena reservar uma noite e mergulhar nessa mistura de humor, drama e superpoderes. E se já viu, aproveite para revisitar as cenas, perceber as pistas que passaram despercebidas e talvez entender melhor como a Marvel está construindo o multiverso. Seja qual for o nível de fan que você tem, WandaVision tem algo que fala direto com a gente – a vontade de transformar dor em criatividade.