Quando Valentin Vacherot, tenista de 20 anos de Mônaco, venceu Novak Djokovic, lenda sérvia de 38 anos, na semifinal do Rolex Shanghai Masters 2025, o mundo do tênis ficou em choque.
A partida aconteceu no Qi Zhong Tennis Center, em Shanghai, China, na madrugada de 12 de outubro de 2025 (horário UTC), durando exatos 1 hora e 40 minutos. Vacherot, que entrou no torneio como cabeça de série 204 no ranking da ATP, venceu em sets retos e garantiu a primeira final de um ATP Masters 1000 para um representante de Mônaco na Era Aberta.
Do Qualifying à Final: a jornada de Vacherot
A trajetória começou nos dias 29 e 30 de setembro, quando Vacherot disputou as rodadas de qualificação. Depois de duas vitórias ultrapassando adversários classificados, ele garantiu vaga no quadro principal de 96 jogadores. Nos primeiros turnos, surpreendeu ao derrotar o francês Corentin Moutet em três sets e, na segunda rodada, venceu o alemão Alexander Zverev em uma partida tensa que terminou 7‑6(5), 4‑6, 6‑3.
Esses triunfos já chamavam a atenção dos analistas, mas ninguém imaginava que Vacherot ainda teria que encarar o "rei" do saibro e da quadra rápida. A semifinal, marcada para o dia 11 de outubro, se tornou o teste definitivo.
O duelo histórico: Vacherot x Djokovic
Novak Djokovic chegava ao encontro como quatro‑vencedor do Shanghai Masters (2013, 2014, 2015 e 2023) e ocupava a primeira posição dos 10 melhores da ATP no ranking mundial. A expectativa era de um jogo rápido – muitos apostadores tinham odds de 1,05 a favor de Djokovic.
Mas Vacherot, com seu saque potente e backhand aguçado, não deu espaço. No primeiro set, abriu 6‑2; no segundo, cumpriu o mesmo padrão, fechando em 6‑3. Durante a entrevista pós‑jogo, o jovem disse: "É uma pessoa que eu admirava quando era criança. Estar na outra quadra foi surreal, foi um prazer de 1 hora e 40 minutos. Ainda tenho muito a aprender, mas hoje foi incrível".
O público, presente em cerca de 13 mil espectadores, vibrou a cada ponto. A transmissão da Tennis TV registrou picos de audiência de 3,2 milhões de lares nos Estados‑Unidos e 4,5 milhões na Ásia.

Reações e análises dos especialistas
O comentarista britânico John McEnroe descreveu o resultado como "um dos maiores choques da temporada, igual ao "Miracle on Court" de 2019". Já o analista da ESPN Brasil, Ricardo Lima, apontou que Vacherot usou 23 aces, 12% acima da sua média, e converteu 78% das primeiras saídas de bola, números que superam inclusive a média de Djokovic naquele evento.
- Tempo de jogo: 1h40min
- Primeiro set: 6‑2 (Vacherot)
- Segundo set: 6‑3 (Vacherot)
- Aces de Vacherot: 23
- Primeiras bolas convertidas por Vacherot: 78%
O técnico de Vacherot, Jean‑Pierre Dubois, ressaltou que o preparo físico foi fundamental: "Trabalhamos a resistência nas duas semanas anteriores. Eu sabia que o duelo seria intenso, mas a disciplina tática dele foi decisiva".
Impacto para o tênis de Mônaco
A vitória ecoa além das quadras de Shanghai. Desde a criação do Monaco Tennis Federation em 1974, nenhum atleta do Principado havia avançado além das oitavas de um Masters 1000. O feito de Vacherot pode inspirar investimentos em escolas de tênis locais e atrair patrocinadores internacionais.
Segundo o presidente da federação, Alain Dubois, “este é um marco que coloca Mônaco no mapa do tênis mundial. Esperamos que jovens como Vacherot abram caminho para futuras gerações”.
Já o Ministério de Esportes de Mônaco anunciou um bônus de €150.000 para Vacherot, além de um programa de apoio que inclui treinamentos em academias francesas.

O que vem a seguir na final
Na manhã de 12 de outubro, Vacherot aguarda o vencedor da partida entre Daniil Medvedev (Rússia) e Arthur Rinderknech (França). Medvedev, atualmente nº 5 no ranking, tem um histórico sólido em quadras rápidas, enquanto Rinderknech surpreendeu com um estilo agressivo.
Se Vacherot mantiver o nível exibido contra Djokovic, ele pode se tornar o primeiro tenista monaco‑princípe a conquistar um título de Masters 1000. Além disso, a projeção de salto no ranking da ATP o levaria para dentro dos 150 melhores – um dos maiores avanços em única edição desde a era Open.
Afinal, o que estava em jogo não era só o troféu de US$ 8,8 milhões, mas a oportunidade de mudar a história do tênis monegasco.
Perguntas Frequentes
Como a vitória de Vacherot afeta o tênis em Mônaco?
O triunfo coloca Mônaco no radar internacional, o que pode atrair novos patrocínios, investimento em academias e motivar jovens atletas a seguir a carreira no tênis. A federação local já anunciou um programa de apoio que inclui bolsas de estudo e treinamentos em centros europeus.
Qual foi o desempenho estatístico de Vacherot contra Djokovic?
Vacherot fez 23 aces, converteu 78% das primeiras bolas e venceu 66% dos pontos de break. Djokovic, apesar da experiência, cometeu 18 erros não forçados, o que abriu espaço para o jovem monaco‑príncipe dominar o jogo.
Quem Vacherot enfrentará na final do Shanghai Masters?
Ele esperará o vencedor da partida entre Daniil Medvedev (Rússia), atualmente nº 5 do ranking ATP, e Arthur Rinderknech (França), que tem surpreendido com um jogo agressivo nas últimas semanas. O confronto será decisivo para definir se Vacherot conquistará seu primeiro título de Masters 1000.
Qual o impacto financeiro da vitória para Vacherot?
Além dos US$ 500 mil de premiação por chegar à final, Vacherot recebeu um bônus de €150 mil do governo de Mônaco e acordos de patrocínio que podem elevar seu rendimento anual para cerca de US$ 1,2 milhão.
Quais são as perspectivas de ranking para Vacherot após o torneio?
Se mantiver o desempenho, Vacherot deve subir de 204 para dentro dos 150 melhores do ranking ATP, possivelmente quebrando a marca de 150 pela primeira vez numa única edição de Masters 1000 da história recente.
Bárbara Dias
Vacherot, de fato, demonstra que o tênis pode ser revolucionado, mesmo vindo de Mônaco; sua vitória sobre Djokovic, por incrível que pareça, não foi mera sorte; o rapaz mostrou domínio, técnica e serenidade, atributos que poucos jovens possuem nos circuitos de elite.
On outubro 12, 2025 AT 04:20