Irã: o que está rolando na economia, no comércio e nas relações com o Brasil

Se você acompanha o mercado internacional, provavelmente já reparou que o Irã volta à pauta com frequência. Seja por questões de sanções, acordos de energia ou oportunidades de exportação, o país tem um papel que pode mudar a forma como fazemos negócios. Neste artigo vamos descomplicar o cenário iraniano e mostrar como isso pode impactar você, investidor ou empreendedor.

Principais setores da economia iraniana

A economia do Irã ainda depende muito do petróleo e do gás. Apesar das restrições internacionais, o país continua sendo um dos maiores produtores de hidrocarbonetos da região. Nos últimos anos, o governo tem investido em petroquímica, mineração e agricultura para diversificar a base produtiva. Setores como fertilizantes, cimento e aço têm atraído investidores que buscam preços competitivos.

Outro ponto forte é o setor de tecnologia. Startups de fintech e de energia renovável ganharam atenção, principalmente porque o Irã tem grande potencial solar. Se você pensa em parcerias de tecnologia, vale ficar de olho nos hubs de Teerã e Isfahan, onde jovens empreendedores recebem apoio do governo.

Comércio exterior e sanções: o que muda para o Brasil

As sanções dos EUA e da UE criam um labirinto de regras para quem quer fazer negócios com o Irã. Porém, o Brasil tem mantido um canal de diálogo que permite a exportação de produtos alimentícios, insumos agrícolas e máquinas agrícolas. Exportadores de soja, milho e carne bovina encontram no Irã um mercado em crescimento, principalmente por causa da necessidade de garantir segurança alimentar.

Importar do Irã também tem suas oportunidades. Produtos como tapetes artesanais, pistache, frutas secas e produtos farmacêuticos têm demanda no Brasil. O segredo está em usar rotas de comércio que não passem por bancos ocidentais, optando por pagamentos em moedas alternativas ou redes de compensação regional.

Além disso, o acordo nuclear de 2015 (JCPOA) trouxe um período de relaxamento nas sanções, permitindo mais transações. Embora o acordo tenha passado por altos e baixos, ele demonstra que a política pode mudar rápido, e quem está atento pode aproveitar janelas de oportunidade.

Para quem quer investir, a dica é montar um plano de risco que inclua análise de compliance e consultoria local. Empresas brasileiras que já têm experiência em mercados de difícil acesso costumam usar joint ventures ou acordos de distribuição para minimizar barreiras.

Em resumo, o Irã oferece um mix de desafios e oportunidades: energia barata, mercado consumidor em expansão e setores emergentes, mas também um cenário regulatório complexo. Ficar por dentro das notícias, acompanhar as mudanças nas sanções e buscar parceiros locais são passos essenciais para transformar risco em negócio.

Se você ainda tem dúvidas sobre como começar, vale conversar com especialistas em comércio exterior e acompanhar as atualizações do Ministério das Relações Exteriores. O futuro do trade com o Irã pode ser promissor – basta estar pronto para agir no momento certo.

Israel ataca infraestrutura nuclear do Irã e aumenta risco de conflito no Oriente Médio

Postado por Simão Rodrigues on jun, 18 2025

Israel ataca infraestrutura nuclear do Irã e aumenta risco de conflito no Oriente Médio
No maior ataque recente, Israel bombardeou instalações nucleares e alvos militares do Irã em ação planejada que elevou a tensão regional. Diante da ofensiva, o Irã respondeu com mais de cem drones contra território israelense. O confronto reacende receios de uma guerra de grandes proporções.